
Em destaque o “capitão” ex –escravo que vivia sob cuidados de Joaquim Gabriel de Souza e Josefina Coelho de Souza. O capitão da Chácara viveu numa Barroso essencialmente agrária onde os negros eram objeto de “compra e venda” cujo preço poderia chegar a um conto de réis dependendo das condições físicas do negro e do poder aquisitivo do branco. As principais transformações ocorridas em Barroso foram testemunhadas pelo Capitão, viu serem assentados os primeiros trilhos da estrada de ferro oeste de minas, acompanhou o êxodo de muitos negros após a abolição da escravatura, muitos dos quais acompanharam –lhe nos tempos do cativeiro,sobreviveu as epidemias que ceifaram muitas vidas no arraial de Barroso, viu desmoronar a antiga capela de Nossa Senhora do Rosário construída por seus anteados em seu silêncio, Capitão assistiu tudo sem jamais contestar os coronéis da época. O último escravo na terra do cimento ainda contemplou a transformação do velho arraial em município autônomo, uma cidade industrial formada por operários assalariados. Capitão fechou seus olhos em 20 de novembro de 1955 contava 100 anos de idade, além da liberdade levou para o túmulo seu nome de batismo: Joaquim. Uma nova lei Áurea precisa ser proclamada libertando dos grilhões da ignorância a História dos negros em Barroso. 46293d
leia mais em : Histórias de Barroso de Wellington Tibério .
